Criar filhos impõe uma série de desafios. Equilibrar decisões pautadas na razão e não apenas no amor incondicional que se sente, é um deles. Aprender a dizer “não” para os filhos também é um ato de amor.
Estabelecer regras claras na realização de atividades e no convívio social, faz com que as crianças aprendam a lidar com a frustração. Este sentimento, muitas vezes, é traduzido pela criança como raiva, desencadeando crises de choro ou birra.
O respeito às regras de forma consistente, explicando os motivos da negativa de forma clara, sem gritos ou castigos, fará com que ela entenda que não ter tudo o que se deseja faz parte da trajetória da vida. Assim como, o respeito, ao lidar com as outras pessoas, será imprescindível para sua vivência social tão importante para o desenvolvimento de forma global.
Permitir que a criança, desde cedo, lide com situações reais no dia a dia, faz com que a colocação de limites seja aprendida de forma natural preparando-a para seus futuros desafios sociais como frequentar a escola e conviver com outras pessoas.
Não há uma fórmula mágica para se estabelecer limites, porém seguir alguns passos podem auxiliar na elaboração de um plano de ação conjunta onde todos estejam engajados para seguir.
Determinar regras para as principais atividades do dia, como horário para acordar e deitar, assistir tv ou jogar, tomar banho, guardar brinquedos após o uso, são algumas delas.
Ter alguma flexibilidade dentro da regra é saudável, porém não significa perdê-la por completo. Assim, deixar que a criança escolha a ordem das atividades que precisa cumprir pode ser uma alternativa. Também é fundamental explicar os motivos pelos quais se diz não. Uma negativa será sempre uma frustração para qualquer ser humano.
Nesses momentos, falar com calma, sem gritos ou ameaças, usando um tom de voz firme, mas afetuoso é o melhor caminho a seguir. Procure se certificar de que a criança entendeu o que está sendo pedido a ela. Se necessário, repita com calma e paciência.
Estabelecer limites não deve ser interpretado como se algo estivesse sendo tirado da criança e sim, ser encarado como uma forma de cuidado e preparo para uma vida plena, segura e equilibrada.
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